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Polícia do DF usa tecnologia para saber como ficaram crianças desaparecidas com o passar dos anos


Trata-se de uma progressão para mostrar como a criança pode ter ficado na fase adulta


Em quarto lugar no ranking nacional de crianças e adolescentes desaparecidos, o Distrito Federal conta com uma tecnologia para saber como esses jovens ficaram com o passar dos anos. Só no DF, há 16 meninas e 14 meninos desaparecidos atualmente. Todas essas crianças constam no Cadastro Nacional de crianças e adolescentes desaparecidos criado em 2010 pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Entre os casos está o de Kátia Gomes de Souza, de 14 anos. A adolescente desapareceu no dia 21 de novembro do ano passado. Ela estudava na Escola Classe 19 da Guariroba, na Ceilândia, região do Distrito Federal, e saiu para ir à aula como de costume às 7h, mas nunca mais voltou. No colégio, os professores disseram à família que, nesse dia, Kátia nem assistiu às aulas.

— Fui no colégio, conversei com a coordenadora e ela disse: olha, no dia 21 só teve três aulas, a Kátia não apareceu aqui. Fui lá conversar com as professoras e elas disseram que ela não apareceu de jeito nenhum. É uma tristeza, não tem mais graça, não é a mesma coisa. Para mim não teve natal, não teve ano novo, a vida perdeu a graça, contou a mãe Elineide da Silva.

Segundo o delegado da Polícia Civil Wisllei Salomão, quanto mais rápido o desaparecimento for registrado, melhor.

— Assim que o pai ou responsável suspeitar que essa criança ou adolescente desapareceu, ele deve procurar uma delegacia.

Quando o caso é antigo, um programa de computador pode ajudar a fazer uma imagem mais atual da pessoa desaparecida. A polícia do DF possui o equipamento que desenha por meio de traços, características e o formato do rosto do desaparecido. Trata-se de uma progressão para mostrar como a criança pode ter ficado na fase adulta. A papiloscopista da Polícia Civil, Thalyta Oliveira, explica que a imagem pode não ser exata, mas ainda assim é importante na hora do reconhecimento.

— A progressão de idade não é uma fotografia, é apenas uma projeção de como ele poderia estar. Existem vários outros fatores que podem interferir, então, é importante que a pessoa tenha em mente que aquela imagem é uma suposição de como está a criança naquele período.


*Do Portal R7.