Hospital disse a americana que bebê havia
morrido.
Advogado acredita que criança foi vendida
para pais adotivos.
Uma mulher que recentemente reencontrou sua
filha de 49 anos – que ela acreditava ter morrido no hospital após o parto –
entrou com uma petição na Justiça dos EUA nesta segunda-feira (4) pedindo
acesso a arquivos de adoção para tentar entender o que aconteceu. Zella Jackson
Price, de 76 anos, acredita que o hospital pode ter vendido bebês na década de
1960, dizendo às mães biológicas que eles tinham morrido.
O caso aconteceu no Hospital Homer G.
Phillips em St. Louis em 1965. Zella deu à luz uma menina chamada Diane no dia
25 de novembro, e diz que pouco tempo depois, foi informada por uma enfermeira
que a criança havia morrido.
No mês passado, ela se reencontrou com a
filha, que foi criada como Melanie Diane Gilmore, depois que a neta encontrou
seu certificado de nascimento. As duas fizeram um teste de DNA, que confirmou
com quase 100% de certeza que as duas são mãe e filha.
Desde que a notícia surgiu, cerca de 20
mulheres procuraram o advogado das duas afirmando que seus filhos também
morreram no hospital entre as décadas de 1950 e 1960 – elas temem que eles
possam ter sido na verdade adotados por outras famílias.
Muitas contam uma história similar: eram todas negras e pobres, com idades entre
15 e 20 anos. O advogado Albert Watkins disse que elas não tiveram permissão
para ver seus filhos mortos e não receberam certidões de óbito. Todas foram
notificadas por enfermeiras – a notícia normalmente é dada por um médico.
A petição feita nesta semana não pede
compensação financeira – visa apenas ter acesso aos arquivos do hospital e de
adoções da épica. O advogado firmou que espera encontrar informações que possam
explicar o que aconteceu na época.
Uma porta-voz do FBI, a polícia federal
americana, disse que a agência está ciente das alegações e encorajou que qualquer
pessoa com informações relevantes sobre o caso procurem o escritório local.
Rebecca Wu não informou se o FBI abriu uma investigação sobre tráfico de
pessoas.
O advogado Watkins acredita que os bebês
foram vendidos para pais adotivos. Ele pediu que o governo do Missouri e a
prefeitura de St. Louis façam investigações.
*Do G1.